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"Se nada der certo"... A tragédia está nos olhos de quem observa, e não no coração de quem

​ Hoje pela manhã fui marcado numa publicação do facebook, que mostravam alunos do colégio Marista Champagnat de Perto Alegre (RS), trata-se de uma brincadeira conhecida como "dia temático" ou "recreio temático" na qual os alunos vem travestidos de acordo com algum tema que variam: História em quadrinhos, dia da troca (homens vestidos de mulheres e mulheres vestidas de homens), Profissões... Enfim, trata-se de uma prática muito comum presente nas escolas privadas aqui na região sul.

Fui verificar a informação e me deparei com a seguinte nota da instituição de ensino:


"Nesta segunda-feira, 5/6/2017, substituímos as fotos que havia neste espaço pela nota abaixo. Essa atitude tem como premissa preservar a imagem de nossos ex-alunos tendo em vista a repercussão de um fato ocorrido em 2015. Leia a nota de esclarecimento:


O Colégio Marista Champagnat, de Porto Alegre, esclarece que o recreio temático aconteceu no ano de 2015 com estudantes do 3º ano do Ensino Médio. No mesmo ano, a partir de uma reflexão realizada com a comunidade educativa, entendemos que a temática não era apropriada, por isso não ocorreram outros episódios em anos seguintes.


Temas como esse, que confrontam valores e profissões, não são condizentes com a nossa proposta pedagógica, que tem como premissa o respeito às pessoas. Lamentavelmente, a atividade aconteceu e, por isso, pedimos nossas sinceras desculpas.


Essa questão seguirá em discussão com os nossos estudantes, pois entendemos que o diálogo é sempre o melhor caminho para o aprendizado."

Disponível nesse link:

Segundo o colégio trata-se de uma publicação antiga, de um evento de 2015 que foi muito compartilhado e ganhou repercussão negativa nas redes sociais. Apesar de ter acontecido o evento há 2 anos é importante o debate sobre a questão.

Como professor em sala de aula escuto há um bom tempo piadas e comentários sobre "E se tudo der errado", bem, observando a atual situação do país e a realidade mundial sinto em informar que já há tempo as coisas não estão dando certo, no sentido de um mercado profissional como se encontrava há 30 anos. Ao buscarmos um entendimento sobre o ato fica evidente que há um temor muito grande da classe média em "não dar certo", e possivelmente entendemos a difusão do discurso de ódio que tão comumente nos cercam todos os dias.

E ninguém percebeu tamanha afronta as diversas classes profissionais? Ao vivenciar uma tragédia, ao conviver com limites tão tênues não nos ficam evidentes, bem como lembra Ralph Waldo Emerson.














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