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"Fuera" abre a programação da MIM em Maringá


Ontem houve a abertura da 6ª Mostra de Teatro Contemporâneo e da 2ª Mostra Internacional de Maringá, eventos são organizados pela Teatro e Ponto produções artísticas com direção de Márcio Alex Pereira e com patrocínio do Governo Federal através Ministério da Cultural, via Lei Rouanet. Tais eventos vem colaborando para a agitação cultural em Maringá transformando a cidade num dos polos culturais do Paraná.


A abertura ocorreu no teatro Calil Haddad com o espetáculo "Fuera" do Proyecto María Peligro, na qual a atriz Leticia Vetrano vive uma personagem que após perder os pais vive solitariamente. A delicadeza da atuação é um contraste com as situações terríveis a qualquer ser humano e que sangram na consciência daqueles que acompanharam a narrativa. A infinita espera, o aniversário solitário, a ausência de um parceiro, entre outros elementos ganharam uma visão cômica e despretenciosa da tristeza, mas com grande peso moral. Rimos e nos deixamos levar pela empatia clownesca de Vetrano, mas no fundo todos chorávamos internamente de tragédias cotidianas tão corriqueiras e inerentes a qualquer um de nós. Uma das situações que me incomodou foi um quisto técnico, já que o som estava um pouco alto demais, e algumas situações acabaram por se perder devido a esse incomodo.


Atos que aos olhos dos vigilantes conservadores de plantão, como a liberdade sexual se tornaram em risos poético a todos presentes, não eram preciso falas, elas foram mínimas e nossa aproximação com a personagem ocorria por reconhecimento, por entender que nas várias tragédias contemporâneas atuamos como clowns como resposta, não de fuga, mas de uma maneira "humanizante" a esse mundo tão dinâmico e severo.


A Mostra cresce e vai ganhando o coração da cidade, segue com uma programação interessante de espetáculos, espaço para debate contanto com a presença de Alexandre Flory Villibor que é um dos teóricos e intelectuais mais relevantes do teatro no Paraná, a exibição de um documentário: "Vila dos operários" é algo que também é aguardado, pois é projeto que já contou com exposição de fotos e diversos debates sobre um dos espaços urbanos mais queridos da Maringá.


A organização acertou em valorizar talentos locais, como a artistas plástica contemporânea Laura Ridolfi que teve uma de suas obras utilizadas nos cartazes da Mostra, além de permitir espaço para os estudantes de Artes Cênicas da UEM apresentarem seus trabalhos, alguns erros permanecem como a divulgação ocorrendo ás vésperas do início e a ausência de uma melhor assessoria nas mídias sociais e na página do evento que ainda possuem duplicações e falta de atualização que acaba por atrapalhar quem busca informações do evento, a correção desses pequenos, mas notáveis erros são necessários para a solidez do evento. Você pode acompanhar a programação e informações nessa página do evento.


Tomara que o poder público valorize esse evento e outros tantos que correm em Maringá, tomara que a próxima gestão da prefeitura possa organizar mecanismos e leis de incentivo á cultura que EFETIVAMENTE possam colaborar com a classe artísticas de Maringá que além de toda colaboração artística e cultural ainda geram empregos, renda e incentiva o turismo e movimentam o comércio. Muita gente anda dando o sangue na cidade canção, muita gente sonha nesse polo cultural, e para abrilhantar as produções precisamos do poder público e do poder do público.





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