24.09.2019
Essa manhã fui passear na praia de Boa Viagem, sai cedinho antes mesmo do sol nascer, queria ver o dia começar devagar, com os primeiros raios alaranjados sendo refletidos pelo mar calmo nos arrecifes tão comuns por aqui. Admito que queria sentir as inspirações dos poetas entregues, dos músicos boêmios... Caminhei pela areia molhada e sentia a água ainda fria da noite borbulhar em meus pés, estava à procura da tal inspiração, mas meu amigo, desculpe decepciona-lo, mas admito que foi em vão! Um pouco à frente havia um senhor com carrinho, um vendedor de milho, estava começando cedo, aquando as pessoas chegavam ainda de maneira tímida, foi então que ele me perguntou me referindo como "sen...
12.06.2018
Neste dia dos namorados, lembrei-me da primeira namoradinha que não tive. Foi há muito tempo, não me lembro ao certo qual era a série, só sei que estudava no período da tarde, e meus pés ainda balançavam no ar enquanto estava sentado na carteira escolar, sim naquele tempo chamavam as mesas escolares de carteira.
Um dia cheguei cedo como de costume, olhei para a carteira e estava lá escrita com uma letra grande, bem redonda e desenhada uma pergunta: "Quem senta aqui a tarde?" Achei o cúmulo tamanha falta de respeito com a escola. Passaram alguns dias e respondi meu nome, no outro dia estava a resposta: "Eu sou a Lau...
13.05.2018
No meu tempo de escola, umas das minhas professoras, deu uma tarefa de fazer uma poesia sobre minha mãe, tão jovem tive dificuldades em encontrar uma palavra que rimasse com mãe. Encontrei um caderno velho com os versos curtos daquela criança, que fez uma estrofe tão simples, e que não dizia muita coisa - Mãe você é mais importante que a mais cara champagne.
Isso me marcou muito, o quanto é difícil rimar mãe! Simbolicamente, mãe é única na existência pra cada um, até para aqueles que não conhecer...
28.04.2018
A solidão veio me visitar, não sei ao certo há quantos dias, mas ela está aqui e insiste em ficar. Ela já me visitou outras vezes, nunca havia ficado tanto a ponto de requerer um lugar próprio na mesa de jantar querendo até escolher seu prato. A solidão é uma senhora, não muito velha; uma mulher de cabelos curtos e encaracolados que já pedem um nova tinta, daquelas cores nada discretas; usa uma mesma blusa de lã, independente se está quente ou frio; sua saia é démodé cheio de flores, num tom bege terrível a qualquer bom gosto; ela insiste em usar meias grossas e coloridas de algodão, hoje mesmo estava com um par cinza com rosa.
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24.12.2015
Na noite da véspera do Natal, algo incrível aconteceu, tropas inglesas e alemãs simplemente pararam o conflito para celebrarem a maior comemoração cristão. As tropas que estavam em Ypres na Bélgica e França começaram a ouvir sons diferentes vindo das terras que estavam em disputa; eram soldados alemãoes cantando músicas foclóticas e sendo aplaudidos pelas tropas aliadas, logo em seguida soldados relatam que as tropas cantavam a uma só voz cada um na sua distinta língua. Escrevendo em seu diário na época, o sargento major do regimento, George Beck, fez a seguinte observação: “Alemães gritaram para nós e nos pediram para jogar futebol...
19.06.2019
04.01.2019
31.12.2018
24.11.2018
29.09.2018
12.06.2018
13.05.2018
28.04.2018
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QUEM SOU EU?

Arnaldo Martin Szlachta Junior é formado em História pela Universidade Estadual de Londrina e possuí mestrado em História Social pela mesma instituição, e é doutorando em História pela Universidade Estadual de Maringá. Atua como professor da Educação Básica e Superior nos setores público e privado.